O FBI e o ministério da Justiça norte-americano ordenaram esta quinta-feira o fecho imediato do Megaupload por alegada violação dos direitos de autor. Segundo as autoridades, citadas pela agência Lusa, o site de partilha de ficheiros era um dos «maiores negócios de violação dos direitos de autor jamais realizados nos Estados Unidos».
Sete pessoas foram acusadas de terem ganho 175 milhões de dólares (cerca de 135 milhões de euros) ao disponibilizarem ilegalmente música, filmes, séries de TV e outros ficheiros pirateados através do Megaupload.com e de outros sites filiados que também foram encerrados.
Em retaliação, o grupo de hackers Anonymous atacou os sites do ministério da Justiça norte-americano, da associação de distribuidores de música nos EUA - a RIAA - e da Universal Music.
Em Dezembro, a editora norte-americana já tinha estado ligada à polémica censura de um vídeo criado pelo Megaupload. A Universal exerceu o seu poder de veto de vídeos do YouTube, alegando que o videoclip infringia as leis dos direitos de autor.
O vídeo, que acabou por voltar ao YouTube, contou com a participação de músicos como Will.i.am, Chris Brown, P Diddy e Kanye West, que destacam a utilidade de enviar e receber ficheiros quando estão a trabalhar.
O Megaupload foi um dos vários sites, tal como o Wikipedia e o Google, que se opôs à criação do Stop Online Piracy Act (S.O.P.A.), uma proposta de lei que, se aprovada pelo Congresso norte-americano, permitirá o bloqueio do acesso e o encerramento de sites suspeitos de infringirem os direitos de autor, bem como a prisão dos seus responsáveis.